O flash crash: a trading savant, a global manhunt, and the most mysterious market crash in history

O ano de 2010 ficou marcado por um acontecimento que abalou o mundo dos investimentos e lançou várias suspeitas sobre a integridade do mercado de valores mobiliários. Naquele ano, em 6 de maio, ocorreu um flash crash que fez com que o índice Dow Jones Industrial Average, um dos principais índices da Bolsa de Valores de Nova York, caísse drasticamente em poucos minutos.

Os estrategistas financeiros ficaram perplexos com a queda súbita nos preços das ações, que haviam perdido cerca de 9% de seu valor em um espaço de apenas 36 minutos. Entre as ações afetadas estavam grandes empresas como a Coca-Cola, a Procter & Gamble e a General Electric.

O que se seguiu a esse evento foi uma investigação global para descobrir a causa do flash crash. Durante meses, especialistas em valores mobiliários, reguladores, negociadores e pesquisadores da área de tecnologia trabalharam juntos para identificar os motivos dessa queda repentina.

As investigações apontaram para uma série de fatores que podem ter contribuído para o flash crash, incluindo uma mudança no mercado de alta frequência, a falta de liquidez em alguns mercados e erros humanos. No entanto, tudo mudou depois que um suspeito foi identificado.

O negociador de Wall Street, Navinder Singh Sarao, um trader britânico e cidadão indiano que trabalhava em Londres, foi acusado de ser o responsável pelo flash crash. Sarao foi preso em abril de 2015 e extraditado para os Estados Unidos para enfrentar uma acusação criminal de fraude e manipulação de valores mobiliários.

Os promotores alegaram que Sarao criou e utilizou ilegalmente um software de negociação que manipulava as ações da embaixada S & P 500, contribuindo para a lucratividade de sua própria negociação e, posteriormente, causando o flash crash. A acusação provocou indignação em Londres, onde muitos expressaram ceticismo quanto às evidências de que Sarao teria sozinho causado a queda abrupta do mercado.

Apesar da controvérsia, as acusações contra Sarao se mantiveram. Em novembro de 2016, Sarao se declarou culpado das acusações de fraude eletrônica e conspiração para cometer fraude. Ele aguarda a sentença e pode enfrentar até 30 anos de prisão. Enquanto isso, o mistério sobre o flash crash de 2010 permanece, bem como a preocupação com a vulnerabilidade do mercado de ações a manipulações fraudulentas em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia.